segunda-feira, 26 de julho de 2010

MÉTODO PILATES PARA CRIANÇAS




O método Pilates permite uma abordagem funcional ampla, sistemática e integrada, desenvolvendo forças de aceleração, desaceleração e estabilização dinâmica, na cadeia cinética de forma suave, coordenada e eficiente. O método foi criado com base no que Joseph Pilates denominou a ARTE DA CONTROLOGIA, que é o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo.

O Pilates também é utilizado terapêuticamente na reabilitação de alterações posturais. De acordo com Shouchard, 1996, a estrutura musculoesquelética é a carcaça do nosso corpo. Ela determina sua forma, influencia as funções, condiciona os movimentos e pode alterar o psiquismo. Sua deformação é dispendiosa em energia e pertuba obrigatoriamente a sensibilidade.

A postura envolve uma relação dinâmica na qual as partes do corpo, principalmente os músculos esqueléticos se adaptam em respostas a estímulos recebidos. Muitas alterações posturais, em especial aquelas relacionadas com a coluna vertebral, têm sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporais, ou seja, na infância e na adolescência. Durante essas fases, os indivíduos estão sujeitos a situações de riscos para a coluna, principalmente aqueles relacionados à utilização de mochilas e à postura sentada (para assistir televisão e utilizar o computador, por exemplo).

Há uma alta prevalência de alterações posturais de coluna entre crianças e adolescentes. Um estudo com escolares de 7 a 14 anos demonstrou que 84,9% das crianças apresentavam protrusão de ombros e hipercifose dorsal. Um outro estudo envolvendo escolares de 6 a 17 anos de idade apresentou hipercifose em 20,9%, com predominância no sexo masculino.

Antigamente, o processo de reabilitação concentrava-se na restauração da força e resistência muscular e da flexibilidade sem levar em conta a função do mecanismo neuromuscular, resultando muitas vezes, em restauração incompleta da capacidade da articulação.

A técnica do Pilates tem como principal componente a associação do trabalho concêntrico, excêntrico e controle neuromuscular, o que permite o melhor ganho de força, flexibilidade e estabilização dinâmica, favorecendo dessa forma uma grande eficácia na reorganização musculoesquelética estabelecida do paciente.